A porcelana foi desenvolvida pelos chineses, no século 6. O segredo de sua fórmula foi mantido em segredo, além de seus métodos de produção. Em sua viagem à Ásia, Marco Polo conheceu a porcelana, e a levou aos europeus, em 1295.
À partir daí a Europa passou a importar da China toda a louça de maior qualidade que utilizavam. A importação por parte dos holandeses cresceu a ponto dos chineses começarem a desenvolver padrões e modelos específicos para a Europa.
Em paralelo, os europeus investiam em pesquisas para a descoberta das matérias primas e do processo de produção da porcelana. Desses estudos surgiram novas louças, como a faiança e a maiólica. No início dos anos de 1700, dois alemães, o físico E.W. Von Tschirnhaus e o alquimista J.F. Böttger, conseguiram produzir porcelana, marcada pela fundação da Real Fábrica de Meissen, na Alemanha.
A fábrica de Meissen também tentou em vão manter a preparação em segredo, mas a espionagem industrial fez com que a fórmula fosse vendida aos franceses, que abriram em 1756, em Sèvres, a Manufacture Royale de Porcelaine, com o apoio do Rei Luis XV e empregou alguns dos maiores químicos da França, como Pierre Joseph Macquer. Em seguida foram fundadas fábricas de porcelana pela Europa, na Áustria, na Itália, na Espanha, na Alemanha, na Dinamarca e na Suécia, e também na Rússia.
Na Inglaterra, a fábrica de Bristol foi primeira indústria de porcelana de pasta dura, além do desenvolvimento da bone china, uma porcelana feita com cinzas de ossos (fosfato de cálcio) criando uma porcelana mais branca e menos quebradiça, e tornando-se a porcelana mais popular da Inglaterra e Estados Unidos.
No Brasil, o químico autodidata João Manso Pereira iniciou a fabricação de porcelana em 1793 no Rio de Janeiro, sendo um dos primeiros fabricantes de louças no país. As primeiras grandes fábricas começaram a se estabelecer no início do século XX em São Paulo, no Paraná e em Santa Catarina.
A porcelana é amplamente conhecida como louça de mesa, porém tem aplicações técnicas altamente avançadas, sendo alvo de pesquisas e estudos constantes para seu melhoramento.