Para analisar vazamentos em selos mecânicos temos de partir do seguinte princípio: para o perfeito funcionamento de um selo mecânico, é fundamental que este selo vaze. Esse vazamento é o responsável pela lubrificação das faces do selo, sem a qual sua vida útil seria seriamente comprometida.
Um selo mecânico é intencionalmente projetado, construído e testado para apresentar um vazamento. O tamanho deste vazamento não é uma escolha de quem o projeta, mas conseqüência da construção adotada para o funcionamento deste selo.
Analisando o selo mecânico, quanto maior o vazamento maior será sua vida, portanto não podemos definir que para o selo um vazamento seja uma falha. Partindo desse princípio, a falha não é considerada com base no vazamento, mas nas consequências que ele acarreta.
Dessa forma podemos definir a falha de um selo mecânico de duas maneiras distintas: Um vazamento que cause variações, alterações nas condições do fluido aos qual o selo mecânico se propõe a vedar ou um vazamento que permite um nível de contaminação acima do regulamentado.
Dessa forma podemos concluir que o que caracteriza e determina se uma falha de vazamento está ocorrendo em um selo mecânico diz respeito, exclusivamente, aos critérios e percepções do gestor do processo, tendo em vista as implicações que esse vazamento cause.
Apesar da subjetividade do critério de falha de um selo mecânico é importante se estabelecer esses parâmetros, evitando assim que falhas mecânicas que possuam tendência de agravamento e maiores perdas possam ocorrer sem uma percepção prévia.