O início do processo ocorre com a aplicação de gotas de água ou de uma solução ácida sobre uma porção de pó cerâmico.
As superfícies das partículas do material se decompõem e se dissolvem parcialmente em contato com o líquido, proporcionando uma fase líquida nas junções entre as partículas.
Na sequência, com a aplicação de temperatura e pressão a água flui entre todas as partículas, reorganizando-as no início do processo de aglutinação. Como resultado, os conjuntos de átomos ou íons começam a se afastar dos pontos onde as partículas estão em contato, auxiliando na difusão, minimizando assim a energia livre superficial, permitindo que as partículas grudem firmemente umas nas outras.
O segredo do processo é a definição da umidade, pressão, calor e o tempo, necessários para cada reação, de modo que cada tipo de matéria-prima se cristalize totalmente e atinja a densidade mais elevada possível.
A utilização desse novo processo tende a revolucionar a forma como os processos de produção de cerâmicas são feitos. A necessidade de altas temperaturas é altamente impactante nos procedimentos de fabricação de peças e componentes cerâmicos. Esses procedimentos impactam diretamente nos custos, decorrentes de fornos e demais equipamentos resistentes a temperaturas extremas, além dos consequentes custos envolvidos nesses processos, inclusive pela energia necessária para geração de tais temperaturas.
Outra vantagem no processo diz respeito a possibilidade de junção de matérias, até então, tidos como incompatíveis entre si. Na próxima semana falaremos mais sobre isso.